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Moscou cita risco de guerra nuclear e diz ter matado 500 soldados ucranianos

  • Terra -

A Rússia afirmou nesta terça-feira, 26, que matou 500 soldados ucranianos em uma ofensiva na noite de segunda-feira, 25. A Ucrânia não confirmou essa informação. Segundo o governo de Vladimir Putin, ao todo, Moscou já atingiu 87 alvos militares desde o início do conflito, em fevereiro.

O país também acusou a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de se envolver em uma batalha por procuração que criou um sério risco de guerra nuclear, ao mesmo tempo em que Washington reuniu seus aliados nesta terça-feira em uma base aérea alemã para prometer as armas pesadas de que a Ucrânia precisa para alcançar a vitória.

Com as forças russas sendo forçadas a voltar de Kiev e agora tentando um novo avanço no leste da Ucrânia, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, recebeu autoridades de mais de 40 países em Ramstein, sede do poder aéreo dos EUA na Europa.

"Como vemos esta manhã, nações de todo o mundo estão unidas em nossa determinação de apoiar a Ucrânia em sua luta contra a agressão imperial da Rússia", disse Austin. "A Ucrânia claramente acredita que pode vencer, assim como todos aqui."

Em uma escalada da retórica russa, o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, foi questionado na TV estatal sobre perspectiva da Terceira Guerra Mundial e se a situação atual era comparável à crise dos mísseis cubanos de 1962, que quase causou uma guerra nuclear.

"Os riscos agora são consideráveis", disse Lavrov, de acordo com a transcrição da entrevista feita pelo ministério. "O perigo é sério, real. E não devemos subestimá-lo", afirmou Lavrov. "A Otan, em essência, está engajada em uma guerra por procuração com a Rússia e está armando esse representante. Guerra significa guerra."

Autoridades dos EUA mudaram a ênfase nesta semana para falar de uma vitória ucraniana que seria um golpe na capacidade da Rússia de ameaçar vizinhos no futuro.

Austin, que visitou Kiev junto com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no domingo, disse na segunda-feira: "Queremos ver a Rússia enfraquecida a ponto de não poder fazer o tipo de coisa que fez ao invadir a Ucrânia".

O presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mark Milley, voando para a reunião de terça-feira, afirmou a repórteres que as próximas semanas na Ucrânia serão "muito, muito críticas".
"Eles precisam de apoio contínuo para serem bem-sucedidos no campo de batalha. E esse é realmente o objetivo desta conferência."O objetivo seria coordenar a ajuda que inclui armas pesadas, como artilharia obus, bem como drones letais e munição, disse o general Milley.

Kiev e seus aliados minimizaram os comentários de Lavrov sobre guerra nuclear.

A Rússia perdeu sua "última esperança de assustar o mundo", tuitou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, após a entrevista de Lavrov. "Isso significa apenas que Moscou sente a derrota."

O ministro britânico de Serviços Armados, James Heappey, chamou as observações de Lavrov de um exemplo de "bravata" que se tornou a "marca registrada" do ministro das Relações Exteriores da Rússia. "Não acho que agora haja uma ameaça iminente de escalada", disse Heappey à BBC.



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